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Armando Fantini



Quem foi?

Armando Fantini nasceu no Comune de Comacchio, Província de Ferrara, Itália, a 14 de abril de 1886, e era filho de Giuseppe Fantini e Maria Fogli. Faleceu em Sabará (MG), onde era residente, a 9 de maio de 1956. Foi sepultado no cemitério municipal de Sabará, no jazigo da família Fantini (Quadra 2, Campa 388/057). Era operário e foi o primeiro presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Sabará. Deixou 9 filhos.


O que fez?

Jornal "O Pioneiro"
10 fevereiro 1955
Ano I - Nº 4 - Pág. 2

VELHA GUARDA

ARMANDO FANTINI

Há 34 anos monta e desmonta máquinas em Siderúrgica.

De cavouqueiro a encarregado de motor a gás, trabalhou na instalação e desenvolvimento das duas usinas da Companhia. – Como aprendeu o ofício de mecânico. – Decano dos empregados da Belgo Mineira, “cocorar netos” é o seu passatempo predileto. – Quer aposentar-se breve.

Armando Fantini talvez seja o vovô dos empregados da Belgo Mineira. Embora lépido ainda, com os olhos azuis iluminando uma fisionomia particularmente acolhedora e simpática, o encarregado do “motor a gás” de Siderúrgica é um autêntico patriarca: a seu redor, com o seu esforço, seu exemplo, sua assistência, se formou uma magnífica família, hoje composta de nove filhos, cinqüenta netos e três bisnetos. E quando se lhe pergunta pelo seu passatempo predileto, Fantini, sorrindo bondoso, informa: - Minhas folgas, passo “cocorando netos”...

HÁ 34 ANOS NA MECÂNICA

Neste mês de fevereiro, Armando Fantini completa 34 anos de atividade na seção de máquinas de Siderúrgica. Ingressou na Companhia Mineira de Siderurgia, que, depois, se transformou na Belgo Mineira, em 1918, ajudando a construir a Usina de Siderúrgica, como cavouqueiro. Cerca de um ano depois, saiu da Empresa para, em seguida, reingressar nela, definitivamente, a partir de fevereiro de 1921. Ele próprio esclarece que aprendeu com o Dr. Gil Guatimosin, primeiro diretor da Usina, o ofício de mecânico e, nessas funções, já passou 34 anos de uma existência honrada e laboriosa, mexendo exclusivamente com máquinas.

Italiano de nascimento, natural de Ferrara, Fantini veio para o Brasil com a idade de 6 anos, acompanhando os seus pais. Viveu em Juiz de Fora, Barbacena, Nova Lima e Sabará. Em Nova Lima, em 1906, se casou com a sua companheira dedicada de todas as horas, D. Maria Siqueira Fantini. Em Sabará, haveria de estabelecer definitivamente, como um dos mais leais servidores da Belgo Mineira.

MONTAR E DESMONTAR MÁQUINAS

Montar e desmontar máquinas, assisti-las em seu funcionamento, com um interesse vigilante, tendo sido a vida funcional de Armando Fantini.

- Não tenho conta das vezes, observou ele, apontando para o motor a gás, junto do qual conversava com nossa reportagem, que montei e desmontei esta máquina. Muitos outros motores e máquinas já passaram pelas minhas mãos e voltam, sempre que precisam de reparos. Em 1937, fui ainda a Monlevade, ajudar na montagem do motor a gás daquela Usina e ali passei cinco meses para esse fim.

Realmente, como tantos outros “velha guarda” da Companhia, Fantini se orgulha de ter contribuído, com o seu trabalho e seus conhecimentos, para a construção das duas maiores usinas siderúrgicas do Estado.

O trabalho de mecânico, em sua opinião, tem os seus encantos, mas exige muita atenção e paciência. E quando o trabalho corre bem, há uma satisfação íntima, que compensa muitas canseiras...

QUER APOSENTAR-SE

Fantini confessa à reportagem que já se sente cansado. Está com 67 anos completos e, quando concluir o limite da lei, vai pedir a sua aposentadoria.

- E vai fazer o que, Fantini?

- Vou cocorar netos, “seu” moço, vou descansar, divertindo com os meninos, que agora são a minha vida.


Outros dados sobre Armando Fantini

No Brasil, fez-se homem, casou-se e constituiu família. Dando sempre o máximo de si para manter sua família, pouco tempo lhe sobrou para outra coisa além do interesse de seu lar.

Foi sempre pessoa honesta, de ótimo conceito e conduta, bom trabalhador e bom chefe de família.

Trabalhando, respeitou sempre os empregadores e os colegas de serviço, tendo com cada chefe e com cada trabalhador uma verdadeira amizade.

Foi co-fundador e o primeiro presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Sabará, fundado a 4 de outubro de 1936. Exerceu o cargo de presidente entre outubro de 1936 e outubro de 1937.

Estabelecido definitivamente em Sabará, cidade natal de sua esposa, Maria Theodora de Siqueira, adquiriu, em 1923, uma casa térrea, onde viveu com toda sua família.

Foi localizado prontuário do registro de estrangeiro de Armando Fantini, emitido pela Polícia do Estado de Minas Gerais, bem como processo, autuado no então Ministério da Justiça e Negócios Interiores, no Rio de Janeiro, em que Armando Fantini solicitou expedição de título declaratório de cidadania brasileira.

O prontuário do registro de estrangeiro e o processo de naturalização estão arquivados no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro, que é, por força de lei, o órgão que recolheu a documentação do Ministério da Justiça até 1960.

Armando Fantini não obteve a naturalização, e o processo foi arquivado por falta de cumprimento de exigências publicadas no Diário Oficial da União, de 25 de maio de 1945.

Armando tentou naturalizar-se brasileiro, em virtude da situação criada com a declaração de guerra. Considerado pelas leis do País como italiano, encontrava-se enquadrado entre os súditos de um país em guerra com o Brasil.

Em 28 de abril de 1956, Armando Fantini e sua esposa comemoraram suas Bodas de Ouro, tendo reunido, em sua residência, um grande número de parentes e amigos, que ali foram para levar os parabéns e votos de felicidade ao casal.

Fonte: Texto baseado em informações contidas no processo de naturalização de Armando Fantini e em notícia de jornal, divulgada à época, sobre as Bodas de Ouro do casal Armando Fantini e Maria Theodora de Siqueira.




   

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